Deitado na cama quente, descrente
apoiando a face no travesseiro
coçando a barba sem um fio de cor
olhando o quarto sem sombra de gente
24 horas para respirar
já lhe trocaram o relógio sem corda
ele, sorri olhando para o porta
crítico, cético, começa a tear
receia sentir tamanho conforto
pensa carinhoso no vizinho chato
pensa na vida como um sapato
coisa ruim é se ver morto
a porta se abre num fino divisor
quando a luz gera estranho apetite
sua vista força para que acredite
um delírio, uma visão, um senhor.
Guilherme Fontoura.
Adorei seus textos, você ganhou uma fã.
ResponderExcluirNossa, que ótimo!!
ResponderExcluirMuito obrigado! :D