Que agora, na multidão de olhares
cegos envoltos por minhas cinzas,
com teus olhos cerrados assinas
o pedido, me lançando aos ares
meu foco procura tua retina
qualquer rastro de nostalgia
que isso já me foi alegria
agora é só saudade
Guilherme Fontoura.
Amigos
30 de set. de 2010
29 de set. de 2010
Para viver bem
Todo mundo sem inspiração
resta tesar o arco na flecha
acusar de conspiração
a porta do mundo que se fecha
Guilherme Fontoura.
resta tesar o arco na flecha
acusar de conspiração
a porta do mundo que se fecha
Guilherme Fontoura.
15 de set. de 2010
Minuano
Cego tocando piano em terreiro
de onde os crentes vão saindo
param com certo cheiro de cinzeiro...
... apaga o cigarro e acende o cachimbo
Guilherme Fontoura.
de onde os crentes vão saindo
param com certo cheiro de cinzeiro...
... apaga o cigarro e acende o cachimbo
Guilherme Fontoura.
2 de set. de 2010
À Deus
Deitado na cama quente, descrente
apoiando a face no travesseiro
coçando a barba sem um fio de cor
olhando o quarto sem sombra de gente
24 horas para respirar
já lhe trocaram o relógio sem corda
ele, sorri olhando para o porta
crítico, cético, começa a tear
receia sentir tamanho conforto
pensa carinhoso no vizinho chato
pensa na vida como um sapato
coisa ruim é se ver morto
a porta se abre num fino divisor
quando a luz gera estranho apetite
sua vista força para que acredite
um delírio, uma visão, um senhor.
Guilherme Fontoura.
apoiando a face no travesseiro
coçando a barba sem um fio de cor
olhando o quarto sem sombra de gente
24 horas para respirar
já lhe trocaram o relógio sem corda
ele, sorri olhando para o porta
crítico, cético, começa a tear
receia sentir tamanho conforto
pensa carinhoso no vizinho chato
pensa na vida como um sapato
coisa ruim é se ver morto
a porta se abre num fino divisor
quando a luz gera estranho apetite
sua vista força para que acredite
um delírio, uma visão, um senhor.
Guilherme Fontoura.
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